sexta-feira, 8 de junho de 2012

STF decide que governos não podem descontar dias parados de funcionários grevistas


O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do Plenário Virtual, reconheceu a existência de repercussão geral em matéria discutida no Agravo de Instrumento (AI) 853275, no qual se discute a possibilidade do desconto nos vencimentos dos servidores públicos dos dias não trabalhados em virtude de greve. Relatado pelo ministro Dias Toffoli, o recurso foi interposto pela Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) contra decisão da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que declarou a ilegalidade do desconto.
Para o TJ-RJ, o desconto do salário do trabalhador grevista representa a negação do próprio direito de greve, na medida em que retira dos servidores seus meios de subsistência. Além disso, segundo o acórdão (decisão colegiada), não há norma legal autorizando o desconto na folha de pagamento do funcionalismo, tendo em vista que até hoje não foi editada uma lei de greve específica para o setor público.

De acordo com o ministro Dias Toffoli, a discussão acerca da efetiva implementação do direito de greve no serviço público, com suas consequências para a continuidade da prestação do serviço e o desconto dos dias parados, é tema de índole eminentemente constitucional, pois diz respeito à correta interpretação da norma do artigo 37, inciso VII, da Constituição Federal.

O ministro reconheceu que a discussão pode se repetir em inúmeros processos, envolvendo interesses de milhares de servidores públicos civis e da própria Administração Pública, circunstância que recomenda uma tomada de posição definitiva do Supremo sobre o tema.
“A questão posta apresenta densidade constitucional e extrapola os interesses subjetivos das partes, sendo relevante para todas as categorias de servidores públicos civis existentes no país, notadamente em razão dos inúmeros movimentos grevistas que anualmente ocorrem no âmbito dessas categorias e que fatalmente dão ensejo ao ajuizamento de ações judiciais”, afirmou o ministro Dias Toffoli.

No caso em questão, servidores da Faetec que aderiram à greve, realizada entre os dias 14 de março e 9 de maio de 2006, impetraram mandado de segurança com o objetivo de obter uma ordem judicial que impedisse o desconto dos dias não trabalhados. Em primeiro grau, o pedido foi rejeitado. Porém, a 16ª Câmara Cível do TJ-RJ reformou a sentença, invocando os princípios do devido processo legal e da dignidade da pessoa humana.

O entendimento do TJ-RJ foi o de que, não havendo lei específica acerca de greve no setor público, não se pode falar em corte ou suspensão de pagamento de salários dos servidores por falta de amparo no ordenamento jurídico. “Na ponderação entre a ausência de norma regulamentadora e os princípios do devido processo legal e da dignidade da pessoa humana, devem prevalecer estes últimos”, diz o acórdão.


Carta Aberta Aos Educadores Do Amapá



         Tenho a informar à categoria que repudiamos a atitude de ameaça do governo em relação ao pagamento do salário da categoria do mês de junho, que corresponde ao mês de maio, o Governo do Estado não pode descontar, haja vista que a 2ª liminar do Desembargador Raimundo Vales foi concedida no dia 1º de junho, seus efeitos não podem retroagir para prejudicar o servidor, considerando que a greve até o sábado, dia 2, era legal.
 

          Com relação a essa ameaça de corte de ponto, retirada de regência, gratificação modular e parte do 13º salário dos professores que não estão na sala de aula, estaremos adotando as medidas judiciais cabíveis para impedir tal    comportamento de repressão do Governo do Estado e do Secretário de Estado da Educação, haja vista, estas atitudes implicarem diretamente no cumprimento do ano letivo, uma vez que, a retirada desses direitos desobrigam o servidor repor aulas não dadas; Nossa Assessoria Jurídica já está providenciando todas as medidas judiciais cabíveis para reverter a situação da ilegalidade da greve e do corte do salário do servidor; tudo o que for preciso fazer, faremos para reverter essa situação, inclusive para impedir que seja instalado neste estado um caos econômico de efeitos incalculáveis promovido pela irresponsabilidade do governo do estado, simplesmente como efeito retaliativo a resistência dos professores em lutar por seus direitos, afirmamos ainda que tais ações repressivas não terão um prejudicado maior senão a população trabalhadora e digna deste Estado;


O governo não quer resolver a greve da categoria. Repudiamos toda e qualquer tentativa do governo de criminalizar os professores. Como ação política, segunda-feira estaremos na Praça da Bandeira porque a categoria decidiu ficar em greve mesmo na ilegalidade e, enquanto ação jurídica estamos recorrendo a instâncias superiores para resguardar todos os direitos de nossos servidores.



Movimento Grevista dos Educadores do Amapá

quinta-feira, 31 de maio de 2012


FORA ADALBERTO DA EDUCAÇÃO!!!!

ADALBERTO RIBEIRO – um secretário nefasto

Outrora conhecido na academia por seus alunos (entre esses, educadores da rede estadual de ensino) como um pregador de liberdades, de democracia e de transformação da sociedade através da educação, mostra-se hoje a partir do momento em que ocupa o cargo de gestor da mais importante PASTA do Estado um avesso de sua retórica acadêmica, adotando práticas inimagináveis a quem ouvia suas sedutoras falas progressistas enquanto professor, assumindo agora o terrorismo, o ódio e o assédio moral como suas MARCAS REGISTRADAS. 

Com certeza, este Secretário de Educação entra para a história do Estado do Amapá como um dos maiores engenheiros de políticas NEFASTAS à Educação. Sem nenhum constrangimento, este secretário em tão pouco tempo de gestão, orquestra uma campanha brutal e opressora contra os trabalhadores e trabalhadoras da educação como há muito não víamos. Resgata velhas práticas de governos da época da Ditadura Militar, por certo o Comandante Barcellos o teria chamado para compor sua equipe de governo, se o atual secretário na época estivesse em terras Tucujus.

ADALBERTO, TUA MÁSCARA CAIU!!

      Contra o assédio moral...  FORA ADALBERTO!!

      Contra o terrorismo... FORA ADALBERTO!!

      Contra o ódio... FORA ADALBERTO!!

      Contra a devolução de grevistas durante a greve...FORA ADALBERTO!!

      Contra a demagogia acadêmica... FORA ADALBERTO!!

      Contra a má gestão da “coisa pública”...FORA ADALBERTO!!

      Contra a perseguição aos alunos do PARFOR...FORA ADALBERTO!!

      Contra a perseguição aos professores do SOME... FORA ADALBERTO!!

      Contra a criminalização do Movimento de Greve... FORA ADALBERTO!!

      Contra a gestão camuflada e opressora...FORA ADALBERTO!!

      Contra a intransigência e a intolerância...FORA ADALBERTO!!

      Contra a mentira e a tentativa de manipulação da sociedade... FORA ADALBERTO!!

      E pela Implementação do PISO SALARIAL... FORA ADALBERTO!!!



A educação do Estado do Amapá não merece e não quer você como secretário!!!

EU DIGO SIM PRA EDUCAÇÃO!!!

PRO ADALBERTO, EU DIGO NÃO!!!!!!!!!!
      
                                         Movimento Grevista dos Educadores do Estado do Amapá

sexta-feira, 25 de maio de 2012


VAMOS À LUTA! VAMOS À GREVE! VAMOS À VITÓRIA!
Às vezes, em certos momentos da luta, cheguei a titubear em relação à paralisação da greve. No entanto, depois de verificar as atitudes deste governo fascista e ditador a única conclusão a que posso chegar é que devo permanecer na luta. Não na luta por percentuais ou na luta pra saber quem é mais forte, mas na luta para preservar o que de mais importante nós temos, como seres humanos, como cabeças pensantes: nossa dignidade. Dignidade pela profissão, dignidade por não nos vendermos aos interesses escusos de um governo de “reis”. Dignidade para que eu possa olhar para minha família e dizer: - eu lutei, combati o bom combate e estou de cabeça erguida, de consciência limpa e pronto a exemplificar, aos meus alunos, na prática, como fazer para reivindicar os seus direitos.
A greve, desde seu início, tem sido uma luta de Davi contra Golias. Nós – os professores – lutando contra uma imensa estrutura governamental que deveria estar sendo utilizada em favor da população, mas que serve aos caprichos de um governador birrento que se nega a ver e valorizar uma categoria que tem um papel fundamental na construção e na transformação da sociedade. Mais que isso, se nega a cumprir uma lei federal por achar que está acima de tudo e de todos. Porém, como diziam nossos pais e avós, o tempo é remédio para tudo. E, nesse tempo, nós o ensinaremos como se comportar em sociedade, como valorizar a educação e como respeitar as leis de nosso país. Exemplos disso já foram mostrados quando, por força judicial, retiramos do ar uma propaganda de conteúdo mentiroso e nocivo aos profissionais da educação. Quando, novamente, por força judicial esse governo teve seu pedido de liminar para suspensão da greve negada. Estes são apenas dois de muitos que virão.
Porém, minha maior revolta é ter “colegas” que se classificam como “lutadores sociais”, mas que, agora, quando o combate está para ser vencido, entregam os pontos. Que lutadores sociais são esses que abandonam sua categoria no momento mais crucial do movimento? Que lutadores sociais são esses que expõem sua categoria ao risco da derrota? Que lutadores sociais são esses que lutam contra sua própria categoria? Eu até poderia admitir que colegas menos esclarecidos tomassem esse tipo de atitude, mas vindo de colegas com o nível de esclarecimento que esses ditos “lutadores sociais” tem, isso é inadmissível. Essas atitudes são esperadas dos professores de conveniência, daqueles que, momentaneamente, ocupam a função de defensores do governador atentando em desfavor de sua própria categoria. Esquecem eles, que quatro anos de mandato passam e, daqui a pouco, eles estarão conosco no movimento lutando contra este ou outro governador. Aí sim, quero ver a cara de pau dessas pessoas.
Para finalizar quero ressaltar que a nossa luta é justa. Lutamos pela implantação de uma lei federal – a Lei do Piso – que especifica o salário mínimo do professor. Cedemos onde podíamos ceder mostrando que não somos os intransigentes da história. Por tudo isso, é que  afirmo que este movimento – desde seu início – já é um movimento vencedor e vitorioso. Vitorioso por colocar na rua um movimento “dos vinte”. Vitorioso pelas ações ganhas na justiça. Vitorioso por lutar, até, contra alguns membros da diretoria do sindicato que não queriam o movimento na praça. Vitorioso por chegar ao 36º dia debaixo de sol, debaixo de chuva, matando carapanã em frente às secretarias do governo. Vitorioso por saber que podemos continuar por mais algum tempo lutando e que, embora isso não dependa inteiramente de nós, faremos todo o possível para dar continuidade a este movimento grevista até a vitória definitiva. E é com esse espírito de vitória que vamos à nossa Assembléia Geral, para mais uma batalha desta guerra que não termina aqui, mas continua indefinidamente enquanto houver vida. Então VAMOS À LUTA! VAMOS À GREVE! VAMOS À VITÓRIA!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

RESUMO E BREVE AVALIAÇÃO PESSOAL DA NOVA PROPOSTA DO GEA
 

 Obs.: ESTA É UMA AVALIAÇÃO PESSOAL DO PROFESSOR JORGE GARCIA.


Depois de mais de quatro horas de reunião chegamos a uma proposta melhorada. Apesar de não atender aos anseios da categoria é uma proposta que deve ser avaliada, muito friamente, pela categoria. A seguir discutimos alguns pontos da proposta:
1. Reajuste de 8% + 8,56%
ou
comple...
mentação do piso salarial aos professores que não alcançarem o piso nacional após a concessão dos 15,56%;
Comentário: Não dá pra aceitar o complemento no salário, pois além de contemplar apenas uma parte da categoria, isso iria ferir o princípio da isonomia. Prefiro acatar uma proposta que vá atingir a totalidade da categoria.

2. Garantia da concessão das promoções de A para C após agendamento de reunião com o GEA, MPE, TJ após discussão sobre decisão de inconstitucionalidade;
Comentário: Essa proposta sinaliza a intenção, no entanto, temos que ser práticos e não deixar de fazer a cobrança dessa proposta na até sua execução.

3. Atualização das progressão a partir de JUL/12, com pagamento do retroativo parcelado em três vezes;
Comentário: Neste ponto conseguimos avançar já que a proposta anterior era de 18 vezes.

4. Calendário unificado;
Comentário: Esta é a solução para obrigar quem não estava na greve a ministrar todas as aulas devidas. Quem grevou ou não vai ter que finalizar as aulas na mesma data. Porém, cabe a nós fiscalizarmos.

5. Devolução de professores para a SEED, no período da greve será avaliada;
Comentário: Essa é a forma que encontramos para garantir que nossos colegas em greve não sejam punidos por diretores vingativos. Qualquer descumprimento dessa regra deve ser comunicado ao sindicato e, posteriormente, ao secretário de educação.

6. Aulas irregulares no período da greve tornar-se-ão nulas. Aulas regulares serão validadas;
Comentário: Neste ponto o objetivo é resguardar os alunos. Professores que ministraram aulas para poucos alunos ou que juntaram várias turmas deverão ter anuladas estas aulas.

7. Profissionais da educação em estágio probatório não sofrerão sanções administrativas por terem participado da greve;
Comentário: Mais uma vez procuramos salvaguardar nossos colegas do estágio probatório que participaram da greve.

8. Os professores vinculados ao PARFOR serão ouvidos no fórum do programa a fim de se construir um novo calendário acadêmico;
Comentário: Temos, aqui, a garantia do não prejuízo no estudo desses colegas.

9. Garantia das férias de julho/2012;
Comentário: Aqui estamos garantindo um direito sagrado do aluno e, principalmente do professor de gozar suas férias.

10. Garantia de reposição de aula no modo presencial, conforme o novo calendário escolar;
Comentário: Neste ponto, busca-se garantir os direitos dos alunos a ter todos os dias letivos e as horas-aulas repostas.

11. Calendário escolar específico do SOME, com reposição presencial sem aceleração;
Comentário: Buscou-se aqui garantir, também, o direito dos alunos do SOME em ter ministradas sua carga-horária bem como seus dias letivos.

12. FIM imediato da greve.
Comentário: Isso, após a aprovação da proposta em assembléia geral e a aprovação da lei na Assembléia Legislativa.

Vamos avaliar com cuidado procurando visualisar todas as nuances envolvidas. Que seja tomada a decisão que for melhor para a categoria.
LEMBRE-SE: O sindicato somos todos nós. E, em conjunto, devemos tomar as decisões sempre!

ANALISANDO A PROPOSTA DO GEA DE COMPLEMENTAÇÃO DO PISO NACIONAL

Professor Jorge Garcia

1º.               Contempla, apenas, uma pequena parte da categoria;

2º.               Observe, na tabela abaixo, como seria feita essa complementação:

Classe/Referência
VB
VB + 15,56%
Complementação
A1
R$  1085,50
R$  1254,40
R$  196,60



3º.               Sabemos que a grande maioria dos profissionais da educação que estão na classe A, referencia 1 já estão com a graduação concluída ou por concluir. Uma boa parte já está, inclusive, aguardando a promoção de A para C. Logo, quando forem promovidos, deixarão de receber essa complementação já que não estarão na base da carreira;

4º.               A aceitação da complementação anula qualquer futuro pedido de implementação do piso nacional salarial já que o Estado vai poder alegar que já paga esse piso.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Quem vai pagar a banda larga do Amapá?

A tão propagada internet banda larga vai ter um custo altíssimo que vai ser dividido entre todos nós. No dia 25 de janeiro, o governador Camilo Capiberibe assinou convênio com a empresa de telefonia OI. O governo do estado vai financiar metade do projeto por incentivo fiscal com redução no ICMS (imposto que compõe o FUNDEB).
O que o governo não divulga é que esses incentivos fiscais, que totalizam 14 milhões de reais, vão ser retirados da educação, da saúde e de outros pastas. O governador está pagando a OI para fazer o seu dever. Assim é muito fácil ganhar dinheiro no Amapá.
Camilo se considera o mentor desse projeto que manda para fora do Amapá os parcos recursos arrecadados pelo Estado. Não podemos discutir a importância da internet banda larga para o desenvolvimento do Estado do Amapá, mas podemos, e devemos, sim, discutir a que custo essa internet chegará ao Estado e em que condições ela será oferecida à população em geral.


Greve no Amapá completa trinta e dois dias com demonstração de força e unidade
 

Estamos completando trinta e dois dias de greve (sem contar a paralisação de advertência) no Amapá. A ausência de uma proposta, por parte do governo do Estado, que permita chegar o mais próximo possível do Piso Nacional Salarial dos Professores (defasado, hoje, em 33,7%) tornam, de difícil resolução, a questão da greve dos profissionais da educação. Paralelamente, as demonstrações de desespero, por parte de membros do governo, podem ser vistas por toda parte e demonstram a falta de compromisso com a população que tem seus filhos freqüentando a escola pública. Falta de compromisso que pode ser observada na fala do secretário de educação: “-o governo e os professores vão morrer abraçados”. Fala esta, que nos permite concluir que nossas crianças não tem a menor importância para o governo. O que importa é manter o dinheiro da educação para satisfazer aos caprichos de um governo descompromissado com a educação. Esse secretário vendeu sua alma ao PSB passando a defender coisas que, nem mesmo ele, acredita. Esse senhor, que gozava de todo o meu respeito, que foi o mestre de boa parte de nossos colegas na UNIFAP, não preenche mais os requisitos para ocupar a cadeira maior da SEED-AP. Não tem controle nem poder de decisão sobre o orçamento, que é gerenciado pelo secretário de planejamento. Esse secretário é quem realmente manda no estado do Amapá.

Outro ato repugnante do GEA é enviar seus carguistas — que embora sejam sindicalizados, não estão em sala de aula e nem participam, frequentemente, das atividades sindicais —para reivindicar a realização de assembléia geral para avaliar uma proposta que já foi avaliada e rejeitada na assembléia que deflagrou a greve. Atitudes como esta demonstram que esse governo não respeita a autonomia das instituições. Gostaria de lembrar que os sindicatos, em geral, tem sua autonomia garantida constitucionalmente. Porém, esses atos de desespero mostram a forma, como esse governador irresponsável, antidemocrático e que não respeita as leis de nosso país, trata a educação no Amapá.

No entanto, essas mesmas atitudes, vem fortalecendo e unificando o movimento grevista. No decorrer desta semana estaremos coletando assinaturas, em um abaixo-assinado, para tentar mais uma vez sensibilizar este governador a, pelo menos, atender, pessoalmente, aos educadores em greve para que possamos, em conjunto, dar uma solução a este impasse gerado por assessores incompetentes e descompromissados. Afinal de contas nós não votamos em secretário de planejamento ou de educação, nós votamos em um governador para resolver os problemas do Estado. Mostre a que veio governador Camilo, resolva os problemas da educação, caso contrário a greve continua. Então VAMOS À LUTA! VAMOS À GREVE! VAMOS À VITÓRIA!

segunda-feira, 14 de maio de 2012



A GREVE DOS 20

No decorrer da terceira semana de greve um fato, um tanto inusitado, foi protagonizado por um dito “jornalista” somado a um grupo de “professoras” - se é que esses profissionais podem ser tratados como tais – e mais o secretário de Educação – Adalberto Ribeiro - , o secretário de Planejamento – Juliano Del Castillo - e o próprio governador Camilo atacavam o SINSEPEAP utilizando, via programa radiofônico, as tais “professoras”. Em determinado momento um repórter apareceu na Praça da Bandeira e falava ao vivo no programa quando o dito “jornalista” perguntou a ele se havia, pelo menos, vinte professores presentes? A resposta veio em gritos e aplausos dos, pelo menos, cem professores presentes naquele momento. Lembro que estávamos no início da concentração e nosso povo estava apenas começando a chegar. Uso a descrição desse fato para propor um nome a este movimento grevista que busca a aplicação do piso nacional salarial: A GREVE DOS 20. Poderia até ter começado com vinte, mas foi agregando tantos professores que hoje podemos afirmar que temos entre dois e quatro mil professores na rua e cerca de 85% das escolas paradas no Estado do Amapá. A adesão de muitos colegas se deve à forma como o governo vem tratando os profissionais da educação. Ameaças, tentativas de intervenção na instituição com solicitação de assembleia geral, pedido de ilegalidade da greve dentre outros. Porém o governo vem levando vários reveses judiciais. Primeiro foi a ordem de retirada da propaganda que exibia os contracheques, inclusive com reajuste que não foi dado a nenhum servidor. Na decisão judicial havia a ordem de retirar do ar a peça publicitária e se retratar ou então pagar multa. Como não houve retratação, conclui-se que o governador Camilo deve estar pagando multa para a justiça com o nosso dinheiro, é claro. O outro revés foi a decisão liminar, do desembargador Raimundo Vales, de considerar a greve legal citando, em sua sentença, o Supremo Tribunal Federal quando este se pronunciou sobre o direito de greve: “A greve, poder de fato, é a arma mais eficaz de que dispõem os trabalhadores visando à conquista de melhores condições de vida. Sua auto-aplicabilidade é inquestionável; trata-se de direito fundamental de caráter instrumental...”
Portanto, estamos sob a proteção do direito legítimo da Lei do Piso! Então: VAMOS À LUTA! VAMOS À GREVE! VAMOS À VITÓRIA!

domingo, 13 de maio de 2012


Um rápido exercício sobre o orçamento da educação no Amapá
Folha mensal da educação (professores, pedagogos e outros)
R$ 43.000.000,00
Folha dos professores e pedagogos
R$ 34.000.000,00
Folhas da educação de janeiro, fevereiro e março (já pagas sem reajuste)
R$ 129.000.000,00
Folha dos professores e pedagogos com 20% de reajuste 
R$ 40.800.000,00
10,66 folhas dos professores e pedagogos (9 meses + décimo + 2/3 de férias)
 R$ 434.928.000,00


Diferença entre a folha da educação e a folha dos professores e pedagogos
R$ 9.000.000,00
Folha da diferença com 8% de reajuste
R$ 9.720.000,00
10,33 folhas da diferença (9 meses + décimo + 1/3 de férias)
R$ 100.407.600,00


Total anual gasto com folha de pagamento da educação
R$ 667.543.200,00
Orçamento anual da educação
R$ 839.000.000,00
Sobra para outras aplicações
R$ 171.456.800,00
Obs.:
1.      Estes cálculos são estimados (o valor real pode ser menor do que o especificado) sobre a folha de pagamento informada no site da transparência mais informações da Secretaria de Planejamento;
2.      Como se pode concluir “DINHEIRO TEM, O QUE FALTA É GESTÃO!”


Projeto prevê isenção de Imposto de Renda sobre remuneração de professores
Da Agência Câmara de Notícias
Está em análise na Câmara o Projeto de Lei 2607/11, do deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), que concede isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física sobre a remuneração de professores. Pela proposta, para ser beneficiado, o profissional precisa estar em efetivo exercício na rede pública de educação infantil, fundamental, média e superior.
O autor do projeto entende que cabe ao poder público criar mecanismos que incentivem o maior número possível de pessoas a exercer o magistério. “Ao longo dos anos, percebemos o quanto o professor tem sido sacrificado, não só no aspecto salarial, como também na tributação de seus ganhos. Educar é uma arte. Mas também é um trabalho de grande impacto social, com repercussão no desenvolvimento do País”, argumenta.
Administração pública
O deputado cita como exemplo da importância da carreira o fato de que muitos juízes, legisladores e altos funcionários da administração pública já foram professores e usam a experiência adquirida na relação com os alunos para o desempenho de suas funções públicas.
“O magistério já é, por si mesmo, sacrificante, exigindo dedicação absoluta de quem o exerce. É justo que se dê aos profissionais dessa área um tratamento condigno”, avalia Bornier.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Jaciene Alves
Edição – Maria Clarice Dias
Agência Câmara de Notícias
                                 
10% do PIB para a educação. PNE já!

terça-feira, 8 de maio de 2012


O GEA e a mídia comprada no Estado do Amapá
Entramos na quarta semana de greve dos profissionais da educação no Estado do Amapá. Quando pensamos já ter visto de tudo—professor motogreve ter arma apontada para sua cabeça em plena Avenida Fab e apagão durante a realização do ato cultural promovido pelo SINSEPEAP—é que somos surpreendidos pela mídia comprada do Amapá. Enquanto o ato cultural era organizado, na segunda (30/04), no Palácio do Setentrião se orquestrava um verdadeiro circo de horror. Professores carguistas do PSB junto com o Secretário de Educação planejavam ações para desmoralizar o movimento de greve dos profissionais da educação.
Uma dessas ações pode ser vista na quarta-feira (02/05) em uma rádio local quando um grupo de professores, liderados pela professora Carla Nobre (só para lembrar: ela é esposa de um assessor direto do Secretário de Educação) e alguns ditos “professores”, iniciaram um pedido de assembléia geral, aos gritos dentro da rádio, sem que houvesse uma nova proposta para ser avaliada pelos sindicalizados. Infelizmente, iniciou-se uma série de agressões contra a categoria conjuntamente com o presidente do SINSEPEAP, que tentava, em vão, explicar os motivos da não convocação da assembléia. Uma informação que deve ser de conhecimento público é que outras professoras envolvidas no episódio, estão com seus decretos de nomeação prontos só para serem assinados no Palácio do Governo. Uma seria nomeada diretora enquanto a outra seria nomeada diretora adjunta.
No entanto, o que mais chama atenção é o espaço aberto por um certo radialista, que foi oposição ao governo do Capiberibe pai, e agora defende com unhas e dentes o governo do Capiberibe filho, abrindo todo o espaço para que os tais defensores da moral e dos bons costumes pudessem ficar denegrindo a imagem de um movimento legal, pacífico e justo. Por que será que ele age assim?
Vamos, então, aos fatos
1. Uma rádio que abre espaço para um grupo falar mal do presidente do SINSEPEAP,  que põe o Secretário de Educação para pedir assembléia geral de uma instituição da qual ele não faz parte, tá atendendo aos interesses de quem?
2. Uma rádio que, no dia seguinte, arma uma “casinha” para os professores Lia Borralho e Jorge Garcia, que estiveram em seu estúdio e, tiveram um tempo ínfimo para se expressarem. Tempo este que não contemplava as respostas necessárias para o esclarecimento das situações citadas pelo grupo de professores que estiveram no programa no dia anterior. Além do mais, esses membros do comando de greve, tiveram suas palavras deturpadas e utilizadas contra o movimento e a favor do governo. Então, essa rádio está atendendo aos interesses de quem?
3. Um programa que destina quase todo seu horário, de duas edições, para os asseclas do governo detonarem o movimento grevista, está atendendo aos interesses de quem?
Por todos os fatos descritos acima é que a companheira Lia Borralho solicitou, aos educadores, um boicote total ao programa e à estação radiofônica que o retransmite. E, aqui neste espaço, aproveitamos para declarar esses apresentadores, bem como sua rádio, INIMIGOS DA EDUCAÇÃO NO AMAPÁ.
Porém, esse episódio serviu, também, para mostrar o quanto este governo está desesperado. O quão baixo eles se propõem a ir, em nome de seus cargos, tentando desmoralizar trabalhadores em um movimento sério, justo e legal. No entanto, estamos atentos à mídia vendida do Estado do Amapá e prontos para responder aos ataques daqueles que se vendem aos governos, atendendo aos interesses mais escusos em troca de favores pessoais.
O movimento, ao contrário do que o governo esperava, se fortificou. Está como massa de pão, quanto mais se bate, mais ela tufa. Então VAMOS À LUTA! VAMOS À GREVE! VAMOS À VITÓRIA!